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Uma experiência fantástica!

  • Frei Jaime Bettega
  • 2 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

O sonho de encontrar a pessoa certa tem acompanhado a humanidade. Não há uma data exata, mas desde a criação do primeiro homem e da primeira mulher, a busca por identificação e complementação tem sido intensa. Alguns até exageram nas tentativas e nos ‘experimentos’. Outros, por causa da instantaneidade, não compreendem que a felicidade é uma construção diária e planejada. O tempo é um fator muito importante, quando da tomada de decisão. Não basta querer estar juntos. É necessário construir laços e intensificar o mútuo conhecimento.

O ponto de partida de uma relação é a disposição de olhar para a mesma direção. O amor é o foco que permite a concretização dos sonhos. Porém, a individualidade supõe respeito, aceitação e aprimoramento. Por maior que possa ser o sentimento que une duas pessoas, as diferenças jamais desaparecerão. Na medida em que o amor é intensificado, as desigualdades vão se harmonizando e a paz vai se estabelecendo. Evidente que a maturidade é imprescindível. Caso contrário, o que é principal, o amor, vai se desgastando.

Nunca foi tão importante tratar da tolerância dentro do mais importante cenário humano: a família. A impressão que se tem é um tanto pessimista. Quem sabe realista. Mas as pessoas estão apresentando níveis muito baixos de tolerância. Motivos insignificantes acabam desencadeando calorosas discussões. No final de tudo, corações machucados, mágoas doloridas. Sem perceber, provocamos sofrimentos em quem mais amamos.

É próprio do amor aproximar as pessoas do sofrimento. Isto é, quem ama sofre. Porém, não há necessidade de aumentar dores e multiplicar ressentimentos. O diálogo, essa ferramenta tão simples e corriqueira, pode clarear dúvidas e incrementar a compreensão. A expressão ‘conversando a gente se entende’, continua de uma atualidade incrível. Num tempo de tantas opções virtuais, nada substitui o olhar e as trocas de palavras para superar incompreensões.

Talvez a dificuldade não resida na falta de conhecimento, mas no despreparo para a convivência entre diferentes. São poucos os que não sabem que a paciência e a tolerância são uma continuação do próprio amor. Porém, na hora da alteração emocional, somente uma minoria é capaz de se refazer e simplesmente dialogar. Então, não basta saber o que é importante, o segredo está na capacidade de controlar-se e ser insistente quanto ao diálogo e respeito mútuo.

Morar juntos é uma opção que supõe preparação. Num tempo onde a liberdade está escancarada, a convivência não pode falhar. Os tabus foram desvendados. Porém, os tropeços parecem surgir da pouca habilidade de estar sob o mesmo teto. A falta de humildade, na hora de reconhecer as limitações e os erros, pode desencadear discussões e provocar profundas feridas. Como machuca a decepção diante da imaturidade de quem parecia ser a pessoa certa para estar lado a lado, até a eternidade.

A tolerância supõe autoconhecimento. Quem se conhece profundamente saberá reconhecer quem é o outro. A pessoa tolerante experimenta um dos mais significativos sentimentos: a compaixão. Quando alguém sente a ‘paixão do outro’, a plenitude se estabelece. O amor é capaz de desencadear atitudes que elevam e que tornam a vida, dentro do lar, uma experiência verdadeiramente fantástica. Portanto, não basta amar, é necessário ser capaz da paciência, da tolerância, do perdão e da espiritualidade. Quando a fé ilumina o convívio, as bênçãos se multiplicam e a superação se torna fonte de felicidade.


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